10 de fevereiro de 2012

Os Jogos nos Treinos Semanais, por João Prates

Anos atrás, não muitos as diversas vertentes do treino eram trabalhadas em separado, quem não se lembra dos 15 minutos de aquecimento a dar voltas ao campo, subir, descer escadas, abdominais, saltos, etc...etc...
A metodologia evoluiu e com isso a qualidade do jogo em si também melhorou, especialmente nas divisões inferiores.
Hoje é normal o treino ser composto por jogos, sejam em espaço reduzido ou maior, mas para que servem? para treinar a parte técnica? Para a parte física? Moda ou necessidade?
Como treinador prefiro claramente os jogos como processo de treino, são mais motivantes para os jogadores, são a realidade do jogo e são concebidos consoante o nosso modelo de jogo onde os conteúdos a ser treinados devem respeitar esse modelo.
Neste processo, todas as atividades têm ligação entre si e o grau de complexidade das mesmas aumentará conforme a evolução do jogar da equipa, não haverá um pico de forma de jogo, mas sim uma evolução gradual do jogar da equipa.
Além disso os jogos devem ser fractais do jogo formal, ou seja, devem contemplar todas as características do jogo como um todo.
O treino para o jogar, como fractal de um processo de desenvolvimento da performance, deve garantir que todo sistema fisiológico, bioquímico, cognitivo, etc., humano, aprenda a reagir de maneira mais eficaz àquela situação que é a sua de trabalho, de competição: o próprio jogo!
Conceber o treino dessa forma não é nada simples, mas no futebol das divisões inferiores o tempo é escasso e precisamos optimiza-lo e treinar o jogar da equipa de uma forma complexa e não fragmentada, não existe tempo para corridas, abdominais e trabalho que nada tem a ver com o jogo.

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